Quem nunca se aventurou a devanear-se pelos
seus próprios extintos, ignorando as categorias a priori, ou fundamentais, da
existência humana, como tempo e espaço, e passear pelas virtudes do seu eu
enquanto pessoa, bem como seus vícios. O exercício reflexivo conduz o homem a predicação
de conceitos, aqueles mais próximos da objetivação.
No ato reflexivo o homem se torna senhor da
história usual, declaradamente anterior a sua subjetividade. Quando se olha no
espelho, a imagem projetada é uma imagem inversamente acomodada, ilusória, passageira.
A contemplação percebe o homem no seu sentido máximo como homem-além-homem, um
sentido novo aflora que não se baseia nos sensoriais convencionais, como
audição visão. Não poderia ser uma intuição, pois não é uma profetismos
futurista que o define.
Ao observa outro homem, o homem a priori é
forçado a uma hermenêutica do ser que é transitoriamente orientada para a sua
própria cosmovisão.
Se a visão do outro é minha própria visão
qual seria a visão de mim mesmo? A visão de si mesmo é a visão interpretativa
de outro-eu que atua como cosmo visionário do ser como pessoa. Isso quer dizer
que ao ser me acomodo a visão particular de outro. A grande suposição nova é
que quando olhamos para o outro o vemos como a nós mesmos, em contrapartida ao
olharmos para nós mesmos somos sujeito do outro em nós.
Nessas categorias o homem nunca se enxergou e
nunca enxergou outro homem, é sempre uma interpretação co-relacional.
Como o homem pode encontra-se em si mesmo se
sempre é sujeito outro? A busca de um si mesmo acontece à medida que percebo o
outro como ser não outro, mas como ser em mim.
Esse texto continuará em ocasiões
posteriores... Sinto me incapaz de continuar agora com esse novo tipo de
conhecimento. Aguarde!
Pense! Repense!