“O amor é a única maneira
de captar o outro ser humano no íntimo de sua personalidade. Ninguém consegue
ter consciência plena da essência última de outro ser humano sem amá-la.”
Em um dos maiores best-sellers dos Estados
Unidos, encontra-se essa poética afirmação. É possível imaginar muitas pessoas
dizendo isso, de produtores de autoajuda a monges budistas, embora, contrariando
essas expectativas, essa frase saiu das mãos de um prisioneiro do nazismo, sobrevivente
de auschwitz. Viktor Frankl, escritor de “Em busca de sentido”, vivenciou o
pior que a raça humana produziu, para depois de uma reflexão profunda encontrar
sentido, e uns dos mais sublimes sentidos no amor.
A pessoa que tem a quem amar, necessariamente
tem pelo quer viver. É nessa capacidade de se realizar no outro que encontramos
refugio para nosso percurso existencial. Um passo de cada vez para entender que
a vida só terá sentido quando entendermos o sofrimento da pessoa amada e nos
tornarmos seus parceiros na resiliência.
A existência, como sugeriu o mito grego de
Dionísio é puro sofrimento, mas a possibilidade de transcender amando o próximo
torna-nos vividamente melhores, superando assim a nossa terrível falta de
sentido.
Vou concluir esse post com mais uma reflexão
de Frankl, para que os leitores entendam a possibilidades que possuem de
interagir com a vida, fazendo com que os outros sejam os melhores de si mesmos.
"Por seu amor a pessoa se torna capaz de ver os
traços característicos e as feições essenciais do seu amado; mais ainda, ela vê
o que está potencialmente contido nele, aquilo que ainda não está, mas deveria
ser realizado. Além disso, através do seu amor a pessoa que ama capacita a
pessoa amada a realizar essas potencialidades."
Pense! Repense! Ame e
deixe ser amado!