Existe
um fenômeno cultural que encerra a questão do aprisionamento da alma.
Corrupção. A palavra latina curruptus
que quer dizer “quebrado em pedaços”, determina à primeira vista que algo se
tornou o que não era, tal como um vaso que tinha forma perfeita, e que ao ser
martelado se fez em ruínas.
Um
dos assuntos mais comentados no Brasil é a criminosa corrupção politica,
filosófica, educativa, entres outros. Ao analisar o problema, em um primeiro
momento verificamos que a corrupção é sempre compartilhada, não existe corrupto
sem corrompido e não existe corrompido sem um corrupto. Sempre há um sujeito
corruptor e um objeto corrompido, uma estrada de mão dupla.
Precisamos
parar pra pensar no tal “martelo” que quebrou o vaso, se somos uma sociedade constituída
por princípios universalmente éticos que impelem o homem para o que é bom,
porque ainda somos tentando à corrupção? O “martelo” poderia ser chamado de vícios
e o vaso de mente. Ao atirarmos contra a dimensão mental com práticas não
convencionais relacionadas a desvios éticos quebramos a dimensão em pedaços.
Acontece
com os políticos que se convenceram que podem simplesmente ludibriar seus
eleitores, acontece com a pessoa que adultera a gasolina, acontece com quem
fura a fila. Modelos de corrupção aperfeiçoados pela invalidade dos valores e o
cultivo dos vícios.
Um
componente vital pra a corrupção mental é o midiatismo moderno, centrado no
contrato do vicio, ou seja, daquilo que depois de ingerido produz
aprisionamento, seria até possível falar em dependentes de meios comunicativos,
ao cultivar péssimos hábitos temos ai uma substituição do que é bom para aquilo
que completamente mal.
A melhor medida pra vencermos a
corrupção é pelo convencimento racional de que à medida que me afasto daquilo
que é mal e me aproximo do que é virtuoso, assumo um caráter genuinamente humano,
Paulo de Tarso nos ensinando a pensar, diz o seguinte:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que
é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”